Mulheres recebem 19,4% a menos do que os homens; em cargos mais elevados, diferença chega a 25,2%
Dados são do 1º relatório de transparência
As mulheres recebem 19,4% menos que os homens no Brasil. Em cargos mais elevados, como dirigentes e gerentes, a diferença chega a 25,2%. Os dados são do 1º Relatório de Transparência Salarial, divulgado nesta segunda-feira (25), em Brasília, pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, com base em informações enviadas por 49.587 estabelecimentos com 100 ou mais empregados.
O relatório foi produzido com dados do eSocial e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2022. O total de estabelecimentos que enviaram informações, corresponde a 17,7 milhões de empregados sob o regime CLT, sendo 33% desses estabelecimentos situados no Estado de São Paulo.
O levantamento revelou diferenças significativas por unidade da federação, sendo que nos estados do Norte e do Nordeste as diferenças salariais entre homens e mulheres são menores, enquanto as diferenças salariais são mais aprofundadas no Sul e no Sudeste.
Nos estados de Sergipe e Piauí, por exemplo, as mulheres recebem 7,1% e 6,3%, respectivamente, menos que os homens. No primeiro estado, a média salarial é R$ 2.975,77; enquanto no segundo, é de R$ 2.845,85.
Em São Paulo, estado com o maior número de empreendimentos que responderam às pesquisas (total de 16.536), as mulheres recebem 19,1% a menos que homens, e a remuneração média é de R$ 5.387.
No levantamento, o Distrito Federal se destacou com uma das maiores médias salariais e menores desigualdades salariais entre homens e mulheres: 8% de diferença e remuneração média de R$ 6.326,24.
Os homens brancos recebem em média R$ 5.718,40, o que corresponde 27,9% mais do que a média nacional. As mulheres negras recebem em média R$ 3.040,89, portanto 68% da média do que os homens não negros recebem e 66,7% da remuneração das mulheres não negras.
Combater a desigualdade salarial é uma pauta do SINTPq na sua luta pela equidade entre os gêneros. Não é mais possível admitir que essa estrutura arcaica seja soberana nos espaços de trabalho, quando as potencialidades e a eficiência são comprovadamente mostradas equânimes.
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