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O movimento social perde João Zinclar

25/01/2013

alecimento do fotografo João Zinclar repercutiu nos movimentos sociais como uma grande perda. Além de um excepcional profissional, que captava momentos sempre com uma ótica exclusiva, Zinclar era militante dos movimentos sociais, chegando a ser sindicalista antes de se dedicar a registrar o mundo com um câmera.

O SINTPq teve uma relação de parceria com Zinclar e lamenta falecimento, mas principalmente agradece pela companhia nas batalhas. Para definir sua essência humilde, sincera e militante, deixamos aqui uma de suas frases:

“Mudar o mundo eu acho que é uma tarefa muito maior do que a fotografia. Mudar o mundo é ter milhões de pessoas na rua em movimentos contra os opressores, contra as ditaduras, é isso que muda o mundo. E a fotografia, se ela quiser cumprir esse papel, tem que andar com esses movimentos, colocando realidades objetivas e subjetivas, porque não existe verdade absoluta.”

 João Zinclar, em “Caçadores de Alma”, de Silvio Tendler

 

Sua história

João Zinclar tinha 56 anos e faleceu na madrugada do último final de semana quando o ônibus no qual viajava foi atingido por um caminhão que vinha no sentido contrário. Ele fotografava para vários movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sindicatos e meios populares de comunicação, como o Brasil de Fato.

Zinclar foi metalúrgico e integrou a direção do sindicato da categoria em Campinas, de 1990 a 1996. Também foi militante filiado do PCdoB até 1996.

Em 2009, ele lançou o livro fotográfico "O Rio São Francisco e as Águas no Sertão" (foto acima), um registro da cultura do povo ribeirinho e sua luta em defesa do rio. O livro é resultado dos cinco anos em que Zinclar percorreu as margens do Rio São Francisco em oito estados.  Zinclar  deixou uma filha.

 

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