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Os trabalhadores e as eleições no Brasil

25/10/2010

No próximo domingo (31/10), o povo brasileiro vai às urnas para decidir quem ocupará a presidência da República. É sexta vez que isso acontece, desde a redemocratização do país na metade da década de 80, e a décima desde o final da 2ª guerra mundial.
Neste ano, mais uma vez, dois projetos distintos se colocam para nossa avaliação. Um representado por Dilma que tem como base os dois governos do presidente Lula. Outro, por Serra, que tenta retomar o projeto implantado no país por FHC. Nós trabalhadores vivenciamos os dois projetos e sabemos o que cada um representa.
Historicamente, os trabalhadores se organizaram em sindicatos para defender seus interesses – e continua sendo essa a ação principal de sindicatos combativos como o SinTPq. Só depois, os trabalhadores sentiram a necessidade de se organizar politicamente. Percebeu-se que não adiantaria se apenas uma categoria conquistasse, por exemplo, a jornada de oito horas. Se os demais trabalhadores também não tivessem direito a ela, em breve essa categoria seria derrotada.
A organização das elites seguiu processo inverso. Primeiro organizaram-se politicamente e somente depois, corporativamente.
Por compreender a importância da política geral para a luta dos trabalhadores, o SinTPq propõe à categoria uma reflexão sobre qual o rumo que pretendemos dar ao Brasil nos próximos quatro anos.
Ciência e Tecnologia são dois pilares onde se assentam grandes possibilidades de produção e distribuição de riquezas e de geração de bem estar, ao criar melhores condições para o crescimento econômico e a inclusão social.
Devemos basear nossa intenção de voto no que foram os oito anos de governo Lula e os oito anos de governo FHC na área de C&T. Mas, enquanto cidadãos, temos também responsabilidade em avaliar o que tais governos significaram para toda a Nação.
Face à politização da Justiça Eleitoral, a campanha deste ano tem se caracterizado por ataques pessoais e boatos criminosos que não contribuem para o processo eleitoral. Como pesquisadores, e também enquanto cidadãos, devemos proceder a um debate com qualidade, que priorize as necessidades para o desenvolvimento do país e a superação de nossas mazelas sociais.