Países protestam no Dia do Trabalho
Na Grécia, que enfrenta uma crise econômica, manifestantes e policiais se enfrentaram nas ruas de Atenas
Bombas, granadas e gás lacrimogêneo marcaram o 1º de Maio na Grécia, num momento crucial para o país. Uma nova proposta de acordo entre Atenas, a União Europeia e o FMI para a ajuda financeira deve ser anunciada hoje durante uma reunião do conselho de ministros na capital grega. A ajuda terá contrapartida de pode ser imposto aos governantes um tratamento de austeridade para superar a crise econômica.
Confrontos entre manifestantes e policiais, que usaram gás lacrimogêneo, foram registrados em Atenas, no momento em que uma passeata passava diante do ministério das Finanças. Algumas bombas foram atiradas pelos manifestantes. Em Tessalônica, Norte da Grécia, a polícia também recorreu a granadas de gás lacrimogêneo para dispersar grupos de jovens ativistas que apedrejavam bancos e lojas da cidade.
Argentina
A esquadrilha aérea brasileira participou ontem de exibição no centro de Buenos Aires, como parte das comemorações do lº de Maio, sobrevoando a Avenida 9 de Julio, saudada por centenas de pessoas que se reuniam perto do Obelisco, um dos símbolos da cidade.
Cuba
Milhões de cubanos encheram ontem as ruas de Havana para comemorar o Dia do Trabalho, convocados pelo presidente Raúl Castro. Foi uma forma de criticar a “intromissão” dos Estados Unidos e da Europa no país e a crescente ação da oposição interna — com suas críticas à situação dos direitos humanos.
Rússia
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se, ontem, em toda a Rússia, por ocasião dos tradicionais desfiles do 1º de Maio, exigindo melhoras na economia, em meio à crise, e a demissão do premier Vladimir Putin.
Em Moscou, os principais grupos políticos conclamaram a concentração: os militantes do partido no poder, Rússia Unida, e os comunistas eram os mais numerosos, com respectivamente 5 mil e 20 mil partidários, aproximadamente.
Entre balões, cachecóis, bandeiras vermelhas e retratos de Stalin, os comunistas celebraram o Dia do Trabalho atacando a política governamental e conclamando a volta do comunismo.
Espanha
Em Madri, milhares de pessoas foram às ruas ontem, mas não houve grandes adesões à passeata do 1º de Maio, apesar da crise e das políticas de austeridade aprovadas pelo governo para reduzir seu déficit fiscal.
Segundo os organizadores, cerca de 60 mil pessoas participaram da manifestação na capital espanhola. Para a polícia, apenas 16 mil pessoas se mobilizaram.
França
As passeatas de trabalhadores realizadas ontem na França foram menos concorridas que as de 2009, com os sindicatos querendo, principalmente, chamar a atenção para a reforma em curso no sistema de aposentadorias e pensões, e advertir contra a adoção de planos de austeridade como os da Grécia.
Em Paris, 45 mil pessoas foram às ruas, segundo os sindicatos, e 21 mil, segundo a polícia, manifestando-se entre a praça da República e a Opéra. Em toda a França, os manifestantes somavam 350 mil, segundo a CGT.
Israel
Mais de 2 mil palestinos manifestaram-se ontem na Faixa de Gaza contra o bloqueio imposto por Israel, por ocasião do 1º de Maio, segundo testemunhas. Na Turquia e Alemanha também houve protestos no Dia do Trabalho
EUA
Nos Estados Unidos, cerca de 100 mil pessoas aproveitaram o 1 de Maio para se manifestar contra as novas leis de imigração. (Da Agência France Press)
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