PARTE 3 - Aposentadoria! Qual é a hora certa?
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O SinTPq conversou com trabalhadoras e trabalhadores que estão próximos do momento (tão esperado) de se aposentarem. Dessas conversas, recheadas de ansiedade, dúvidas e insegurança, os diretores do sindicato decidiram elaborar (em conjunto com a Assessoria Jurídica do Sindicato), uma série de matérias sobre o assunto.
Decidiu-se também apresentar o assunto em três partes, Na primeira parte, abordaremos o momento decisivo de solicitar o benefício. Na parte dois, a aposentadoria especial e na última parte, situação atual no IPT para quem vive esse momento.
A seguir, a terceira e última parte:
Depois de ler todas as informações já veiculadas por boletim, só resta fazer as contas para saber qual o melhor momento que cada um tanto espera. É necessário também refletir sobre a situação interna no IPT.
Hoje, a aposentadoria por tempo de contribuição é considerada pelo empregador como um simples pecúlio financeiro que a pessoa passa a receber após o período de contribuição, que não altera o contrato de trabalho em vigor. Ou seja, na prática, você passa a receber mensalmente um valor do INSS, saca seu FGTS, seu PIS e continua trabalhando sem nenhuma alteração no seu contrato de trabalho.
O IPT adota esta política hoje. No entanto, em passado recente, desligava os trabalhadores automaticamente e recusava-se a pagar seus direitos trabalhistas, que tinham que recorrer a justiça do trabalho para recebê-los.
Já com a aposentadoria especial, a legislação continua exigindo que o trabalhador se afaste do agente agressivo quando o benefício é concedido, portanto, ele não pode continuar trabalhando na mesma função.
No entanto, no dia a dia do IPT, conversando com os colegas de trabalho que já completaram ou estão próximos de completarem o tempo de contribuição, se percebe que mesmo hoje, com o atual entendimento do IPT, muitos têm dificuldade nesta decisão.
Os IPTeanos e IPTeanas se sentem inseguros no ambiente de trabalho, pois acreditam que ao solicitar o benefício previdenciário passam a integrar uma lista de demissíveis (que seriam desligados nos futuros cortes de pessoal).
Este temor é motivado por conversas de corredor promovidas pela cadeia de comando do IPT. O próprio Presidente do IPT já anunciou a representantes do Sindicato (em reunião que discutia as recentes demissões ocorridas no IPT) que tinha “encontrado uma forma digna de desligar os IPTeanos mais antigos e que não estão em sintonia com as novas diretrizes do novo IPT”.
Agora nos responda: Você que dedicou toda sua carreira profissional ao IPT, como se sente recebendo esse tratamento nesse momento do final de carreira?
Geraldo Antunes Pereira (Diretor) e
Regis Norberto de Carvalho (Secretário)
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