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Plano norte-americano de segurança na web causa divergências

13/07/2010

Aberto à consulta pública, o plano prevê centralização de dados, principalmente no que compete ao uso de senhas.

A garantia de segurança na web é o objetivo declarado do plano norte-americano de reduzir as vulnerabilidades de segurança na internet, que também se propõe a melhorar os meios de proteção à privacidade online. Apesar disso, o projeto tem dividido a opinião pública, que apresenta os prós e os contras do documento.

O plano foi aberto para consulta pública, em junho, por Howard Schmidt, coordenador de cibersegurança e assistente especial do presidente Barack Obama. Entres os aspectos negativos, além do medo de que o governo seja capaz de registrar todas as atividades, alguns apontam que a proposta carece de informações detalhadas sobre como as credenciais serão certificadas, ou como confirmar que uma pessoa é realmente quem diz que é. Além disso, para alguns, uma possível centralização de dados é menos segura do que ter múltiplos cadastros, identidades e senhas.

Por um outro lado, defensores da proposta, afirmam que essas medidas podem garantir que o comércio on-line continue a crescer. De acordo com o documento, o governo será o grande apoio, do que é chamado de "Identity Ecosystem", usando identidades digitais para garantir as questões fundamentais de segurança na web. Com isso, os consumidores seriam capazes de usar as ferramentas para proteger tudo, desde transações bancárias e compras online até registros de saúde.

O projeto, intitulado como National Strategy for Trusted Identities in Cyberspace (NSTIC) - está disponível na web, clique aqui.

Entenda o projeto

O plano propõe uma ação conjunta do governo americano com empresas privadas para criar um ambiente online no qual "indivíduos, organizações, serviços e aparelhos possam confiar entre si porque fontes de autoridade estabelecem e autenticam suas identidades digitais".

O Identity Ecosystem permitiria a usuários da Internet completar transações com confiança, disse Schmidt, em um post no blog da Casa Branca.

"Nunca mais um indivíduo teria de se lembrar de uma lista enorme e potencialmente insegura de senhas e nomes de usuário, para entrar nos vários serviços online que utiliza", escreveu. "Por meio dessa estratégia nós procuramos viabilizar um futuro no qual os indivíduos possam optar voluntariamente pelo uso de uma credencial segura, interoperável e de segurança avançada (...) de uma variedade de provedores de serviço -  tanto públicos como privados - para autenticar a si mesmos online, em diferentes tipos de transações", disse ele.

A Casa Branca aceita comentários ao esboço do plano em uma página web do site Ideascale.com.

O plano de ID confiável é parte da Revisão da Política para o Ciberespaço, lançada pela administração Obama em maio de 2009.

Fonte IDG News Service