Na manhã desta sexta-feira, 16 de fevereiro, o presidente do SINTPq, José Paulo Porsani, representou o sindicato na subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Campinas e Região, onde ocorreu a plenária para a eleição da nova coordenação. O evento contou com a presença de figuras proeminentes, como Agenor Soares, Coordenador atual da subsede da CUT Campinas, e Carlos Fábio, Secretário de Cultura da CUT-SP, juntamente com representantes sindicais unidos em prol da nova direção.

A sessão inaugural foi marcada pela exibição de um vídeo que destacou as diversas iniciativas promovidas pela subsede, abrangendo desde manifestações nas ruas até encontros significativos. Entre essas ações, destacam-se os podcasts "BoraPAE" e "ProPod_SBO", bem como o Portal Porque, um veículo de notícias dedicado a explicar os temas relevantes que afetam a vida diária dos moradores de Campinas, pautados pela defesa da democracia e da liberdade de imprensa.

Vereadores

Em seguida, Pedro Tourinho, pré-candidato a prefeito e presidente do Fundacentro, fez uma aparição via videochamada para expressar seus cumprimentos, enquanto os parlamentares presentes, como Mariana Conti (PSOL), Paola Miguel (PT) e Cecílio Santos (PT), também dirigiram suas saudações e discursos aos participantes.

Durante os discursos, um ponto crucial foi ressaltado: a importância de uma nova abordagem política para enfrentar figuras da extrema direita, e, a necessidade de formar uma frente de esquerda forte e unida para lidar com esses desafios. 
Além disso, enfatizaram a urgência de fortalecer a democracia e suas instituições, bem como a necessidade de mobilização popular para inspirar mudanças em outras cidades. 

Campinas foi reconhecida como um centro de influência, com potencial para inspirar áreas vizinhas, e os discursos destacaram a importância de aproveitar esse papel de liderança para promover uma agenda progressista e inclusiva.

Análise da Conjuntura

Douglas Izzo, ex-presidente da CUT-SP, realizou uma análise abrangente da situação atual, destacando os desafios e as pautas pertinentes para esta nova etapa do Brasil. Ele observou que o estado brasileiro enfrenta uma crise profunda, refletida em condições precárias em áreas como segurança pública e serviços essenciais. Essa situação é atribuída em parte à adoção de políticas liberais e à privatização de empresas estatais.

A questão da privatização é vista como controversa, especialmente quando se trata de empresas lucrativas e estratégicas, como a CPTM, o metrô e a Sabesp em São Paulo. A entrega dessas empresas ao setor privado é criticada, pois se acredita que a lógica do lucro pode comprometer a qualidade e o acesso aos serviços prestados, como evidenciado por problemas no transporte público e outras áreas.

Além disso, a situação do sistema carcerário também é citada como um reflexo do desmonte do estado, especialmente após a fuga de presidiários em presídios federais. Isso levanta preocupações sobre a capacidade do estado em garantir segurança e justiça para a população.

No âmbito da educação, há críticas à privatização, destacando problemas como a qualidade dos materiais didáticos e a terceirização da formação de professores, o que pode comprometer a qualidade do ensino.

A questão de gênero também é abordada, especialmente em relação aos direitos das mulheres, como a falta de creches e delegacias especializadas para atender vítimas de violência.

No contexto político, há uma preocupação com o avanço do conservadorismo e do fascismo, destacando a importância de derrotar essas forças e eleger representantes comprometidos com os interesses da classe trabalhadora.

Em resumo, a análise da conjuntura atual aponta para a necessidade de resistência às políticas neoliberais e conservadoras, bem como de luta por direitos e condições dignas para todos os cidadãos brasileiros.

SINTPq 

O presidente do sindicato, José Paulo Porsani, expressou preocupação com os efeitos devastadores da pandemia no mercado de trabalho, observando um aumento no desemprego e na precarização das condições laborais. 

Também foi destacado os movimentos recentes nos Estados Unidos, como o movimento AntiWork, onde trabalhadores estão deixando seus empregos devido às condições precárias. Porsani ressaltou que essa situação é resultado da crescente automação e da introdução de tecnologias que substituem mão de obra humana. 

Em seu discurso, alertou para o risco de uma crise ainda maior no futuro se não houver uma discussão séria sobre o impacto dessas mudanças no mercado de trabalho. 

O presidente do sindicato também apontou para a transição gradual para reuniões virtuais, notando sua eficiência em comparação com as presenciais. No entanto, ele enfatizou a importância da presença física para fortalecer a união e enfrentar os desafios impostos pelo capitalismo e neoliberalismo. Segundo Porsani, é essencial que os trabalhadores se unam para debater e resistir a essas mudanças, visando proteger seus direitos e garantir um futuro digno para todos.

por Suelen Biason - Comunicação SINTPq