Prêmio dos funcionários do CPqD é diminuído para CPqD fazer caixa
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O CPqD pagou no início de junho o prêmio corporativo referente à 2010. O valor aprovado pelo Conselho Curador era superior a R$ 800 mil, no entanto, o RH informou ao SinTPq que seria distribuído apenas R$ 600 mil. A diferença de R$ 200 mil será utilizada para fazer caixa e pagar dívidas trabalhistas do Centro. O Sindicato deve entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para questionar o prejuízo dos funcionários.
A divida é referente ao prêmio de 2008, que deveria ter sido pago em maio de 2009 conforme promessa do presidente Hélio Graciosa, porém só chegou aos trabalhadores em março de 2010. Além da demora no pagamento, cerca de 150 funcionários demitidos após 2008, mas antes do pagamento do benefício, tiveram seu prêmio negado, mesmo tendo colaborado nos resultados. O Sindicato acionou o CPqD na justiça e ganhou em 1ª Instância o direito dos demitidos que devem receber o prêmio com o valor corrigido.
Instituido pelo CPqD para substituir o PPLR (Plano Participação nos Lucros e Resultados), o prêmio desvalorizou e os trabalhadores perderam. Na época que o Centro era controlado pela Telebrás, o PPLR era maior que um salário e hoje não chega a 10% de uma folha salarial.
A política equivocada da atual direção do CPqD em relação aos seus trabalhadores pode ser comprovada quando comparamos o prêmio pago pela PADTEC aos seus trabalhadores. Também controlada pelo Grupo CPqD, o prêmio da PADTEC neste ano é um valor quase três vezes o salário mensal.
A falta de valorização dos trabalhadores do Centro é um dentre muitos motivos para que ele não entre nas listas das melhores empresas para se trabalhar.
Dívida trabalhista
Todos se dedicaram e conquistaram os resultados em 2008, ouviram a promessa de pagamento do presidente Hélio Graciosa e logo em seguida foram demitidos. Uma injustiça com os ex-funcionários para a qual o SinTPq não ficou calado.
Primeiro, tentou negociar com a diretoria; não tendo sucesso, abriu uma ação na Justiça do Trabalho e ganhou em 1ª instância. A partir daí, o CPqD passou a negociar com o Sindicato, mas assim que o SinTPq foi informado de que o Centro perdeu o prazo para recorrer para 2ª Instância e que retiraria R$ 200 mil do prêmio de 2010 para pagar esta dívida, suspendeu as negociações.
Seria imprudência do Sindicato continuar negociando nestas condições, pois isto traria prejuízo para os trabalhadores. Além de poder se caracterizar como prevaricação.
Posição sobre o prêmio
Os trabalhadores sempre colocaram na pauta de reivindicação que o prêmio deveria ser pago obrigatoriamente no mês de abril seguinte ao ano de referência, o que nunca acontece. Além disso, o Sindicato procura negociar com o CPqD a definição clara da forma de pagamento do benefício, mas a Direção nunca aceitou e se nega a estabelecer parâmetros claros.
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