Profissionais do IPT entram em greve por recomposição salarial
A última semana de julho foi marcada pela greve dos trabalhadores e trabalhadoras do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que receberam uma contraproposta de 0% de reajuste.
A última semana de julho foi marcada pela greve dos trabalhadores e trabalhadoras do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que receberam uma contraproposta de 0% de reajuste pelo terceiro ano consecutivo. A paralisação teve início na segunda-feira, dia 26, com assembleia na portaria do instituto às 8h. Além da centena de profissionais que participam presencialmente, mais de 120 funcionários em home office acompanharam toda a mobilização via assembleia online no Microsoft Teams.
Na terça-feira (27), o movimento seguiu a mesma lógica do dia anterior até que fosse finalizada a instauração do dissídio coletivo de greve na Justiça do Trabalho. Considerando a conclusão dessa etapa jurídica, os trabalhadores e trabalhadoras votaram pela suspensão da paralisação, com continuidade do estado de greve.
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Em sequência, uma audiência pré-processual foi realizada na quinta-feira, dia 29, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Perante a Justiça do Trabalho, a direção do IPT não apresentou nova contraproposta e seguiu insistindo no congelamento salarial. Diante desse resultado, sindicato e trabalhadores se reunirão na segunda-feira (2), às 8h, para debater a campanha salarial e deliberar seus próximos passos.
Durante a audiência, o desembargador responsável apresentou uma proposta de acordo. Nela, o IPT pagaria o INPC, de forma retroativa à data-base, em três parcelas. Além disso, as horas referentes à greve seriam 50% abonadas e 50% compensadas, sem desconto nos salários. A direção do instituto negou a possiblidade. Sobre as horas paradas na greve, o IPT não se manifestou. Dessa forma, não há posição da empresa sobre uma eventual necessidade de compensação.
Mesmo com o IPT rejeitando a proposta feita pelo desembargador, a assembleia de segunda-feira deverá deliberar sobre a mesma, pois a Justiça do Trabalho precisa receber a posição dos trabalhadores. Além disso, a assembleia definirá a retomada ou não da paralisação das atividades. Enquanto isso, o processo de dissídio coletivo de greve seguirá em andamento no TRT.
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A diretora do SINTPq e trabalhadora no IPT, Priscila Leal, afirma que não é mais possível tolerar tamanho desrespeito com os pesquisadores desse importante instituto vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, que há mais de cem anos colabora para o desenvolvimento do estado e do país. “Os trabalhadores estão em greve porque não dá mais para aguentar o desrespeito com o trabalhador e a ciência. O maior patrimônio da pesquisa e da ciência é o pesquisador e a pesquisadora. A gente não aceita 0% de reajuste de forma alguma”, exclamou.
Repercussão
A greve dos profissionais do IPT recebeu espaço na mídia com matérias no G1, o portal de notícias da Rede Globo, e também no R7, da Record. Além disso, a maior central sindical do Brasil e da América Latina, a CUT (Central Única dos Trabalhadores, divulgou a greve em seu site oficial e redes socias. Sindicatos parceiros do SINTPq também noticiaram o movimento, como a Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo) e o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).
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