Reunião com CPQD foca em plano de previdência e assistência médica
. O encontro havia sido solicitado pelo sindicato ainda no mês de fevereiro, mas só foi atendido neste mês de abril
O SINTPq se reuniu com o CPQD na última sexta-feira, dia 19, para debater pendências do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). O encontro havia sido solicitado pelo sindicato ainda no mês de fevereiro, mas só foi atendido neste mês de abril. Foram debatidos o plano da previdência, assistência médica e plano de carreira. O debate sobre o Programa de Incentivo de Curto Prazo (Programa de Participação nos Resultados/prêmio) foi postergado para uma nova data a ser definida.
O próprio Presidente da SISTEL, Carlos Alberto, esteve presencialmente no encontro para apresentar ao sindicato uma proposta em relação ao plano de previdência. A ideia é fechar o INOVAPREV para novos entrantes, ou seja, que se encerre com os profissionais que a aderiram até o momento, sem possibilidade de acrescentar novos beneficiários. Dessa forma, novos funcionários que entrarem no Centro de Pesquisa devem buscar previdência privada no mercado. Carlos Alberto ainda afirmou que as tratativas com o CPQD sobre esse tema ocorrem há um ano e meio e que, agora, só aguardam decisão do Conselho Deliberativo da SISTEL para dar encaminhamento.
O SINTPq é contra a medida. Novamente quer se criar novas categorias de trabalhadores no CPQD, diferenciando-os pelos benefícios oferecidos para os novos funcionários, geralmente piores. O INOVAPREV tem apenas 10 anos e não tem justificativa que convença que a proposta apresentada pela SISTEL é boa.
Outra pauta debatida teve a ver com a assistência médica. Hoje, o sindicato defende que a coparticipação seja de zero por cento para os trabalhadores. O que o CPQD apresentou, no entanto, é que a Unimed quer reajustar o contrato em torno de 14% - na prática, esse percentual é quase três vezes o reajuste salarial que tivemos em novembro de 2023.
O SINTPq lembrou que desde que foi inserido o modelo de plano coletivo no CPQD, em 2007, os trabalhadores que preferem o plano privativo, que era padrão na época, têm gastado muito mais com a assistência médica. Lembrou também que, com o novo contrato com a Unimed em 2017, onde foi inserido a coparticipação de 30% para todos os trabalhadores, os custos aumentaram ainda mais.
Os trabalhadores estão vendo seus salários líquidos diminuírem e não diminuiu ainda mais porque atualmente o percentual descontado de coparticipação é 15%, fruto de negociação do sindicato com o CPQD.
Hoje a sinistralidade dos funcionários(as) ativos está em 55%, o que por si só já justificaria que o CPQD assumisse a integralidade da coparticipação. Diante desse cenário, é que o sindicato cobrou novamente que a coparticipação seja zero, a fim de permitir que os salários não sejam afetados.
O atual gestor de Recursos Humanos, Mario Felicio Neto, ouviu atentamente os argumentos do sindicato e disse que iria se aprofundar no tema e retornar com uma posição em uma reunião futura.
O terceiro ponto da pauta foi em relação ao Plano de Carreira. O CPQD afirmou que pretende instituir uma avaliação de desempenho semestral, mas que ainda está formatando o modelo para ser apresentado.
Estava previsto ainda o debate sobre o Programa de Incentivo de Curto Prazo, do qual o CPQD tinha se comprometido a apresentar um formato até março de 2024. O tema foi transferido para uma próxima reunião devido ao adiantado na hora. A data ainda será marcada.
O SINTPq aguarda a posição do CPQD frente aos assuntos conversados e reafirma sua posição na defesa da categoria, bem como aos benefícios já alcançados nos antigos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs).
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