SINTPq apoia PEC que propõe semana de quatro dias de trabalho
Medida foi apresentada na Câmara dos Deputados na terça-feira (25), com 234 assinaturas – 63 a mais que o mínimo necessário
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq) celebrou a protocolização da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece a semana de quatro dias de trabalho e extingue a escala 6x1. A medida foi apresentada na Câmara dos Deputados na terça-feira (25), com 234 assinaturas – 63 a mais que o mínimo necessário.
A proposta, liderada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), altera a Constituição para fixar jornada máxima de 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias. Segundo Priscila Leal, diretora do SINTPq, a PEC representa um avanço na luta histórica dos trabalhadores.
“A proposta de uma jornada de 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias, é um passo importante para garantir que os trabalhadores tenham mais tempo para descansar, cuidar de suas famílias e dedicar-se a outras atividades além do trabalho. Isso não só beneficia a saúde física e mental dos trabalhadores, mas também pode aumentar a produtividade e a eficiência nas empresas.”, afirmou.
Segundo ela, a PEC é fruto de décadas de mobilização e resistência dos trabalhadores ao redor do mundo, que sempre buscaram equilibrar a relação entre trabalho e vida pessoal. "A escala 6x1, que ainda persiste em muitos setores, é um resquício de um modelo ultrapassado e desumano, que prioriza o lucro em detrimento do bem-estar das pessoas", frisou.
A PEC enfrenta resistência no setor empresarial, que alega aumento de custos operacionais. No entanto, o governo já sinalizou apoio à proposta, e articulações políticas estão em andamento para viabilizar sua aprovação. Outras propostas sobre redução de jornada tramitam no Congresso, mas nenhuma extingue a escala 6x1.
Agora, o desafio é conquistar os votos necessários para a PEC avançar no Congresso. “A luta continua, e nós, sindicalistas, seguiremos firmes na defesa dos direitos dos trabalhadores, cobrando que o Congresso Nacional priorize essa pauta e garanta a aprovação dessa proposta tão necessária. Precisamos colocar a vida dos trabalhadores no centro das decisões”, ressaltou Priscila Leal.