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SINTPq busca diálogo

24/08/2012

siderando que não se consegue resultados diferentes agindo da mesma forma, a diretoria eleita do SINTPq adotou uma nova postura diante do CPqD: maior diálogo e busca de soluções conjuntas para velhas e novas disputas. 

Em julho, dia dois, o presidente Régis Carvalho visitou o diretor do RH da empresa, Gino Rossi,  para se apresentar e conversar sobre formas alternativas de negociação às que hoje são praticadas. Como primeiro passo rumo a nova etapa, uma visita ao presidente Hélio Graciosa está sendo buscada.  Os pontos de pauta que devem ser levados ao encontro são:

Dissídio coletivo do ACT 2011/2012

CS2012 – que tem início este mês

Processos SINTPq/CPqD – possibilidades de acordos

Dois fatos ocorridos recentemente criam frustração e expectativas em relação à reconstrução do relacionamento. O primeiro é que no exato momento de busca de diálogo, o CPqD demite uma diretora sindical: Pei Jen Shieh foi desligada na última terça-feira, logo após a primeira reunião no novo presidente do SINTPq com o RH.

E por outro lado, temos o acordo com a família do Alef, terceirizado que o CPqD não efetivou por ter se acidentado dois meses antes da contratação prevista – que se realizou para outros 113 precarizados. Na época, o SINTPq buscou junto ao Centro a contratação do trabalhador para garantir o tratamento médico, mas nada foi feito. Agora, em um acordo extrajudicial, o CPqD definiu por indenizar o acidentado.

Estas são posturas contraditórias: hora acenam para um melhor relacionamento; hora parecem desprezar a aproximação do SINTPq. “A postura com a família do Alef é louvável e abre espaços para que mais acordos que reestabeleçam a justiça possam ser feitos, enquanto isso a empresa demite uma diretora sindical e isso quando tentamos construir uma agenda positiva com a direção”, ressalta Régis.

 

Demissão:

Da Gerência de Educação e Inclusão Digital (DTS), para o RH, para a rua. Este é o caminho que os demitidos do CPqD estão percorrendo. Pei, que assumiu o mandato como diretora do SINTPq em julho, recebeu a notícia da dispensa às 16 horas e ao voltar para sua mesa não tinha mais acesso a computador, a e-mail, a mais nada. Uma atitude desnecessária para com uma profissional de 20 anos de casa, compromissada com a instituição, mas sem compactuar com injustiça, e presente nas ações sindicais. 

A mesma gerência demitiu em julho mais dois profissionais. A justificativa é de que faltam recursos para a área. “Indiferente do motivo, demitir uma dirigente sindical é sempre uma afronta a toda a categoria. Paralelo a sua atuação profissional, Pei colaborava com a luta e auxiliava os colegas. Seu trabalho gerava um bem comum. O CPqD deveria ter sido mais cauteloso ao tratar da demissão de uma profissional e sindicalista como ela”, critica Carvalho.

 

Novo presidente no SINTPq, velhos hábitos do CPqD

O SINTPq procura aproximação em nome dos trabalhadores do Centro. A tentativa é de que os conflitos gerados pela relação empregador x empregado sejam resolvidos de forma menos turbulenta. Isso não quer dizer que serão aceitos desrespeitos aos profissionais, aos diretores ou ao Sindicato. 

Neste mandato, o Sindicato renovou seus dirigentes. Prática saudável para toda instituição que quer estar à frente do seu tempo em sua área. Os novos dirigentes têm formas de trabalho diferentes e ajudam a oxigenar o desgastado relacionamento de décadas com os dirigentes do Centro.

Continuaremos a construir as pontes para uma boa relação capital x trabalho, mas nunca abandonaremos os direitos dos trabalhadores. Esperamos que as demonstrações de má vontade sejam apenas momentâneas e vamos buscar de forma conjunta uma agenda para dirimir os atritos pendentes.

Campanha Salarial 2012
Os profissionais do CPqD iniciam a preparação para a Campanha Salarial 2012 neste mês. De hoje, até a assembleia, eles podem enviar para o SINTPq por meio do e-mail [email protected] suas reivindicações para a pauta, lembrando que é necessário indicar a empresa em que trabalha. 
O fato do CPqD estar com o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2011/2012 em dissídio, não impede a CS2012. “A discussão judicial não muda nada. O procedimento para a campanha atual é o mesmo. Tem que ser feita a assembleia, aprovada a pauta e aberta a negociação com a empresa”, explica o advogado do SINTPq,  Dr  Cremasco. A decisão do 15º Tribunal Regional do Trabalho será referente ao ACT 2011/2012 de forma retroativa.
A assembleia inicial para aprovar a puta deve ocorrer na próxima semana, com data a ser divulgada. Aguarde.