SINTPq cobra retorno da FIPT sobre demissões e estuda denúncia no MPT
Sindicato segue solicitando reunião para tratar dos recentes desligamentos na fundação
No dia 7 de novembro, recebemos denúncias relatando que os funcionários administrativos da FIPT receberam e-mail alarmante assinado pelo presidente da fundação. Esse comunicado informava sobre a queda no número de projetos administrados pela FIPT e dizia que a previsão orçamentária para 2024 não permitiria manter o atual quadro de funcionários.
Logo após o recebimento deste e-mail, o RH da FIPT começou a chamar os trabalhadores para a efetivação das demissões. Na sequência, o SINTPq publicou um vídeo em seus canais de comunicação informando o envio de ofício à diretoria da Fundação. Nesse documento, o sindicato solicitou a interrupção imediata das demissões e chamou a FIPT para reunião dedicada ao tema.
Até o momento, não recebemos nenhuma resposta da FIPT sobre nosso chamado para negociação. Por conta disso, na data de hoje, 10 de novembro, enviamos ofício para a FIPT reforçando a cobrança e manifestando o entendimento de que não existe nenhum exagero do sindicato em denunciar as demissões, além de caber à nossa entidade a não aceitação de nenhuma demissão que venha a ocorrer na empresa.
A partir do início das demissões, o canal de denúncias do SINTPq passou a receber diversos relatos de trabalhadores informando problemas de falta de comunicação e transparência da gestão da FIPT para com seus funcionários. Nepotismo, clientelismo, assédio moral, favoritismo, sobrecarga de trabalho e retaliações estão na lista de graves denúncias. Além disso, chegam relatos informando que a fundação possui recursos financeiros suficientes para troca de equipamentos e contratações, enquanto demite alegando falta de dinheiro.
Diante do grave cenário, o SINTPq avaliará junto ao seu jurídico a possibilidade de encaminhar denúncia sobre os relatos recebidos ao MPT (Ministério Público do Trabalho) e/ou outros órgãos, solicitando investigação de eventuais condutas ilegais dentro da FIPT.
Situação poderia ter sido evitada
O sindicato sempre procura estabelecer um bom diálogo com as direções da FIPT, onde expressa reiteradamente a necessidade de haver uma política de RH voltada para a realocação interna de trabalhadores antes da rescisão. Isso seria a solução para os casos onde os recursos de projeto não são suficientes para a manutenção da força de trabalho. Esta alternativa visa minimizar os danos causados ao trabalhador, e também o desperdício de esforços e recursos empenhados no treinamento e formação destes trabalhadores durante sua permanência no contrato de trabalho.
Apesar do empenho do SINTPq em mostrar as inúmeras desvantagens das bruscas demissões que têm sido levadas a cabo pela fundação, esta permanece inflexível em sua visão distorcida e desumanizada de relações laborais.
Não se cale, denuncie!
Neste infeliz episódio das demissões na administração, as denúncias empilham-se em nosso canal, o que nos leva a seguinte reflexão: Caso estas denúncias tivessem ocorrido anteriormente às rescisões, a fundação manteria a mesma atitude em sua relação com seus funcionários? Os assediadores teriam cometido intimidações e retaliações? Nepotismo, clientelismo e favorecimentos teriam ocorrido? A cultura de RH da empresa teria sido tão desastrosa?
Nunca é tarde para reforçar um dos mantras do SINTPq: Denunciem sempre ao sindicato, no momento em que o mal feito é feito. Colha provas materiais de assédios e desvios de conduta. E lembre-se: O sindicato só pode agir quando é acionado pelos trabalhadores.
As ações preventivas têm sido sistematicamente realizadas pelo SINTPq. Porém, sem o empenho individual de cada um de nós, os trabalhadores, o coletivo é só uma palavra. Proteja-se de forma inteligente, conte com a sua entidade representativa. O coletivo é mais forte do que o indivíduo.
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