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SinTPq participa de debate sobre relações de trabalho na atualidade

13/04/2011

 

Foto: Robson Bomfim

da Classe Trabalhadora Brasileira. O evento foi organizado pela Secretaria Sindical do PT-Campinas e trouxe como expositores o presidente nacional da CUT, Arthur Henrique, o membro da executiva nacional do PT Valter Pomar e o economista e presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann. Os três debatedores apresentaram o cenário atual para os trabalhadores sob óticas diferentes e apresentaram propostas de quais rumos seguir. 

 

Arthur Henrique falou sobre as reformas necessárias e algumas políticas que devemos adotar. “As contrapartidas que são colocadas nos contratos de grandes financiamentos ou obras são extremamente genéricas. Não podemos nos limitar a apenas gerar empregos. Queremos que exista a transferência de tecnologia para o Brasil. Queremos debater os rumos do governo, discutir desenvolvimento”, incentivou o presidente nacional da CUT.

 

Sobre as reformas, Pomar lembrou que a da Comunicação é extremamente necessária para garantir os direitos dos trabalhadores. Ele também falou sobre a relação entre sindicato, trabalhador e condições de trabalho e fez uma breve análise das décadas de 60 a 90 mostrando que o número de sindicalizados caiu de 33% em 1989 para pouco mais de 15% em 1999. Isso demonstra um retrocesso que vai atingir as condições de trabalho, Pomar acredita que podemos voltaras mesmas condições da década de 60. 

 

Uma das possibilidades para esse distanciamento foi levantado por Pochmann, que lembrou que os setores que mais crescem dentro do mundo corporativo são mulheres, jovens e idosos, públicos com os quais o movimento sindical tem dificuldade em dialogar. Ele lembrou a importância de defendermos a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e alertou que para a atual classe trabalhadora a CLT diz pouco.

 

Para Pochamnn, o mais grave é que com a tecnologia atual o trabalho ultrapassou as barreiras físicas da empresa, mesmo fora dela estamos trabalhando e os funcionários chegam a se sentir lisonjeados ao receber celulares da empresa, sem perceber que isso significa uma extensão do seu horário de trabalho. O economista ainda indica que uma nova agenda para o movimento sindical deve ser construída buscando a formação de novos quadros, um posicionamento mais firme do Ministério do Trabalho frente aos novos desafios e a adequação do sistema de regulamentação do trabalho para a atualidade.’