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STF suspende julgamento da “revisão da vida toda” após pedido de vista

Os ministros estão decidindo se os trabalhadores que se aposentaram antes da reforma da Previdência, promulgada em novembro de 2019, podem pedir a revisão da vida toda.

08/06/2021

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento do processo que ficou conhecido como “revisão da vida toda” nesta sexta-feira (11). A suspensão aconteceu após um pedido de vista feito pelo ministro Alexandre de Moraes. Até então, a votação estava empatada.

A favor dos aposentados votaram os ministros Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. Votaram contra a revisão os ministros Kassio Nunes Marques, José Antonio Dias Toffoli, Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Luiz Fux.

Os ministros estão decidindo se os trabalhadores que se aposentaram antes da reforma da Previdência, promulgada em novembro de 2019, podem pedir a revisão da vida toda. Essa revisão  permite aos aposentados que, antes de julho de 1994, já contribuíam com a Previdência, peçam que essas contribuições sejam incluídas no cálculo final da aposentadoria.

Em abril de 2020, o SINTPq lançou um SindCast sobre a "revisão da vida toda’’ e benefícios da previdência. Neste episódio, a advogada Maisa Rodrigues de Moraes, especialista em direito previdenciário, explica os detalhes dessa revisão e também de outros benefícios da previdência, além de comentar situações como o "limbo jurídico" do INSS em casos de afastamento do trabalho. Confira a seguir.

A revisão da vida toda permite que os aposentados que, antes de julho de 1994, já contribuíam com a Previdência, possam pedir que essas contribuições sejam incluídas no cálculo final da aposentadoria. Neste caso, em vez do cálculo ser feito pelas 80% maiores contribuições, será feito por 100% de tudo aquilo que o trabalhador pagou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O caso foi parar no STF depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o segurado tem direito à aplicação da regra mais favorável. No entanto, o INSS recorreu e agora a matéria está sendo submetida ao Supremo, após apresentação de parecer favorável, no início de maio, por parte da Procuradoria Geral da República (PGR).