Cientista brasileira desenvolve sensor para detecção de Aids em tempo recorde
Há quase 10 anos estabelecida na Espanha, onde atua no Instituto de Microeletrônica de Madri, a química brasileira Priscila Kosaka comandou uma equipe de pesquisadores que desenvolveu um novo método para detecção precoce da Aids e de outras doenças, inclusive câncer.
De acordo com a pesquisadora, o seu método é muito mais ágil e veloz: enquanto testes convencionais são aplicados em até um mês após a possível contaminação do paciente, o método desenvolvido por Priscila Kosaka pode ser aplicado uma semana depois da provável ou suposta contaminação.
A Dra. Kosaka conta que seu método está agora em fase de avaliação científica por parte de laboratórios credenciados da Europa e dos Estados Unidos. A pesquisadora brasileira acredita que ainda serão necessários alguns anos de comprovação científica do seu método, mas sua convicção é de que ele será plenamente aprovado. O raciocínio é simples e objetivo: quanto mais precoce a detecção das doenças, mais rapidamente se fará a administração da prescrição médica adequada ao tratamento das enfermidades.
A cientista brasileira que trabalha em Madri enfatiza que "um problema grande é a detecção do HIV precocemente. Então resolvemos usar nosso sensor, desenvolvido há alguns anos, para detecção do HIV, aproveitando que tínhamos chegado a uma sensibilidade muito alta fazendo novos testes para detecção de proteínas relacionadas com o câncer. O que nós detectamos, na verdade, é uma proteína chamada P24, que faz parte do vírus do HIV e que já está em uso clínico. Mas esses sensores precisam de uma concentração, ou seja, uma quantidade muito alta da proteína e sangue para poder detectar, mas, como temos um sensor muito sensível, nós conseguimos detectar algumas proteínas e com isso diminuir essa janela indetectável do HIV para apenas uma semana. Seguindo o modelo, claro, porque é muito difícil saber exatamente quando uma pessoa foi infectada.
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