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Diretoria do IPT anuncia fim do PPE

11/11/2016

A diretoria do IPT comunicou ao SINTPq em reunião realizada ontem, dia 9, o fim da permanência no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) para dezembro de 2016. Dessa forma, em 2017, os ipteanos e ipteanas voltarão à jornada de 40 horas semanais, 8 horas diárias de segunda à sexta-feira, e ao recebimento de 100% dos salários. Quanto a estabilidade no emprego, o IPT não poderá demitir durante os dois meses seguintes ao fim do PPE (janeiro e fevereiro de 2017).

O PPE foi aprovado em assembleia com duração estabelecida em seis meses, sendo iniciado em 1º de junho e homologado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social no dia 26 de julho. Portanto, a duração pode se estender até 26 de janeiro de 2017, cabendo a empresa, determinar seu término dentro desse período. Caso houvesse a proposta de continuidade, os empregados teriam que decidir em nova assembleia se aceitariam ou não sua continuidade.

2016: O ano que não passamos ilesos

O fato é que o ano de 2016 está sendo difícil e não passamos ilesos. Sobrevivemos lamentando as demissões que foram realizadas pela diretoria do IPT em março, quando nem mesmo os casos de grave injustiça social apontados pelo Sindicato foram ouvidos pela direção do Instituto. Felizmente, um dos profissionais nessa situação foi reintegrado por decisão judicial recentemente.

Com a estabilidade no emprego garantida pelo PPE, temos hoje no IPT praticamente os mesmos empregados que tínhamos em abril, com exceção de 4 funcionários que se demitiram no período.

Pagamos um preço alto: a redução salarial imposta pelo PPE e, em seguida, aceitar e conviver com mais perdas salariais causadas pelo reajuste salarial parcelado sem a retroatividade à nossa data-base de 1º de junho e com a segunda parcela de 4,99% paga apenas em dezembro.

Para fechar o ano, esperamos não haver mais nenhum caso semelhante no transcorrer de novembro e dezembro, tivemos um inédito atraso salarial, com o crédito dos salários e retroativos depositados em conta corrente somente às 18h do quinto dia útil de novembro. Essa situação deixou todos perplexos e apavorados com a possibilidade do IPT entrar no rol das empresas que não pagam em dia seus empregados.

11 de novembro: Dia de mobilização

Ao menos 19 estados confirmaram manifestações nesta sexta-feira (11) para o Dia Nacional de Greve e em defesa dos direitos. Nas ruas de todo o país, a classe trabalhadora e movimentos sociais mais uma vez estão juntos para que nossas conquistas não sejam enterradas por um governo golpista e ilegítimo.

Nos locais de trabalho, houve assembleias, atraso na entrada de turnos e paralisações parciais.

A hora é de gritar não à PEC 241, que congelará por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, especialmente nas áreas da saúde e educação pública e gratuita.

O momento é de dizer não à reforma da Previdência e a uma reforma trabalhista que retira direitos garantidos e conquistados pela classe trabalhadora, a começar pela terceirização sem limites da PEC 30.

Também sairemos em defesa do pré-sal, patrimônio do povo brasileiro e a maior riqueza natural do País, que querem entregar às multinacionais estrangeiras, sucateando a Petrobrás, um dos principais motores do desenvolvimento brasileiro.

A agenda inclui ainda a defesa do movimento dos estudantes secundaristas contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal, a retomada do papel do Estado como indutor do desenvolvimento com distribuição de renda e a defesa de um Judiciário imparcial, sem viés partidário.

Em São Paulo:
Pela manhã - Levante e movimentos sociais realizaram um trancaço na Rodovia Anchieta
16h00 - Ato na Praça da Sé, em São Paulo, por nenhum direito a menos.

Em Osasco:
06h30 - Panfletagem na Estação de Osasco
07h00 - Ato com estudantes da Escola Touffic em Carapicuíba
09h00 - Caminhada pelo calçadão de Osasco
16h00 - Ato na Estação de trem de Osasco e ponto de encontro para partirmos para o Ato na Praça da Sé