Mulheres ganham menos mesmo em ocupações onde são maioria. Foi com essa constatação que Priscila Leal, diretora do SINTPq e pesquisadora do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), iniciou sua participação no evento "Direitos humanos das mulheres: um longo caminho a percorrer". Promovida em parceria com a Assipt na última sexta-feira (17), a atividade aconteceu no IPT e contou com a participação da deputada estadual Beth Sahão (PT).

Em sua fala, além de denunciar as desigualdades salariais, Priscila mencionou a importância da equiparação de direitos e responsabilidades relacionadas à criação dos filhos. Nesse sentido, a diretora mencionou a luta do SINTPq para que as licenças de maternidade e paternidade tenham a mesma duração, seguindo o exemplo da Espanha, onde tem ocorrido uma mudança cultural rumo à divisão igualitária das obrigações familiares.

O pagamento do benefício de auxílio creche também para pais trabalhadores foi outro ponto defendido por Priscila Leal. No caso do IPT, onde existe uma creche de funcionamento interno, a diretora criticou a restrição desse benefício às mulheres, uma vez que isso acarreta em mais dificuldades para as companheiras dos trabalhadores do IPT.

"A creche precisa ser para todos, pois isso impacta as mulheres dos nossos colegas. Não podemos nos preocupar apenas com as mulheres que estão dentro do instituto. Isso melhora, inclusive, o rendimento dos nossos companheiros de IPT", avalia a dirigente sindical. 

A preocupação do sindicato com questões como desigualdade salarial, saúde mental das mulheres e o crescimento de ideologias que pregam o ódio às mulheres foram outros temas abordados por Priscila Leal. A íntegra do discurso pode ser conferida no canal do SINTPq no YouTube.