ETECs e FATECs do Centro Paula Souza iniciam greve sanitária em defesa da vida
A decisão foi tomada após determinação da Superintendência do Centro, de forçar o retorno às aulas presenciais, fato que gerou indignação e insegurança na maioria dos trabalhadores e estudantes.
O Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), que representa os professores e funcionários das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia), começou nesta segunda-feira (2) uma greve sanitária, que não prevê a suspensão do trabalho, mas a continuidade no formato remoto.
A decisão pela greve foi tomada após determinação da Superintendência do Centro, de forçar o retorno às aulas presenciais a partir de 2/8, fato que gerou indignação e insegurança na maioria dos trabalhadores e estudantes.
A presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, tece severas críticas à Superintendência do Centro, que abre mão da autonomia que a instituição tem, na qualidade de autarquia de regime especial, para impor um retorno quando a pandemia ainda segue descontrolada, colocando em risco a vida de professores, funcionários administrativos, estudantes e familiares.
“Em agosto, a variante Delta deve estar mais disseminada ainda”, alerta Silvia, em referência à cepa indiana que, segundo especialistas, já está em disseminação comunitária no Brasil. “Ainda que os números de óbitos e casos tenha caído um pouco nas últimas semanas, o espalhamento desta cepa, que é mais contagiosa que as anteriores, mantém a pandemia fora de controle.”
O vice-presidente do Sinteps, Renato de Menezes Quintino, lembra que a movimentação de trabalhadores e estudantes, em boa parte por meio dos transportes coletivos, é fator de alto risco.
“Penamos para nos adaptar às aulas remotas e ao teletrabalho, inclusive comprando equipamentos e móveis pagando do nosso bolso... e agora o governo decide que devemos retornar em meio à pandemia sem controle. Não podemos colocar nossas vidas e as dos nossos familiares em risco. Só devemos voltar com a garantia de cumprimento dos protocolos sanitários e com a pandemia sob controle”, reitera o vice-presidente do Sinteps, referindo-se à opinião de renomados infectologistas. De acordo com eles, além da vacinação em patamares elevados (acima de 70% da população), é preciso atentar para os seguintes indicadores:
1) Redução da transmissão comunitária: menos de 100 casos novos por dia por 100.000 habitantes, nos últimos 14 dias.
2) Taxa de contágio: menor que 1 (ideal 0,5) por um período de pelo menos 7 dias.
3) Disponibilidade de leitos clínicos e leitos de UTI: na faixa de 25% livres.
4) Capacidade para detectar, testar (RT-PCR), isolar e monitorar pacientes/contactantes: diagnosticar pelo menos 80% dos casos no município ou no território.
O que reivindica o Sindicato
O Sinteps reivindica a manutenção do ensino remoto, na forma como vem sendo ministrado desde o início das medidas de isolamento social, até que haja condições seguras para o retorno.
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