Fibra óptica de 242 km é instalada no rio Solimões para levar internet ao interior da Amazônia
Um cabo de fibra óptica de 242,5 quilômetros de extensão, lançado em março entre os municípios de Coari e Tefé, no Amazonas, indica que internet de alta qualidade está chegando ao interior da Amazônia. Atualmente, os dois municípios são atendidos por internet via satélite, que tem alto de custo, uma vez que a rede de fibra óptica atende apenas Manaus. Com a chegada do programa Amazônia Conectada, a expectativa é que 144 mil pessoas das duas cidades sejam beneficiadas com essa nova infraestrutura de telecomunicações.
O cabo subfluvial de 390 toneladas ligando Coari a Tefé faz parte da infovia do rio Solimões, uma das cinco que serão "construídas" pelo governo federal pelos leitos dos rios amazônicos. Após o lançamento do cabo óptico, testes estão sendo realizados com equipamentos que "multiplicam a capacidade e implementam funcionalidades de rede em sistemas de longa distância", informou a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Segundo a RNP, a próxima fase do Amazônia Conectada vai estender a infovia do Solimões de Tefé a Tabatinga, um trecho de 942 quilômetros. Somando todas as infovias, são mais de 9 mil quilômetros de fibra óptica para implantação de cabos subfluviais nos rios Negro, Solimões, Madeira, Purus e Juruá, interligando 52 municípios até 2017. Um investimento de R$ 1 bilhão para mudar a realidade de 3,8 milhões de habitantes da região.
"A infraestrutura, uma vez instalada, será de grande alcance para todo o sistema de ciência, tecnologia e inovação e para as atividades produtivas desenvolvidas na região", afirma o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Eron Bezerra.
A RNP ressalta que o Amazônia Conectada vai levar conectividade, direta ou indiretamente, para mais de 160 instituições de ensino e pesquisa da região. Isso significa um enorme impacto na geração de conhecimento e na formação de recursos humanos qualificados, promovendo o desenvolvimento científico, econômico e social.
"O programa vai permitir a inclusão da comunidade de ensino e pesquisa da região Norte em um espaço de colaboração científica nacional e internacional. Além disso, as universidades desempenham o papel de fixar recursos no interior e promover o desenvolvimento regional", avalia o diretor-adjunto de gestão de soluções da RNP, Antônio Carlos Nunes.
Segundo ele, quando o programa estiver concluído, será possível oferecer a população uma série de serviços de rede de dados com a mesma qualidade da capital. "Significa, para a região, expandir a infraestrutura de comunicações na Amazônia e fomentar o desenvolvimento do Programa Nacional de Banda Larga, expandir programas como tele-ensino e telessaúde, promover a inclusão digital de povos indígenas e comunidades ribeirinhas, melhorar as comunicações militares administrativas e operacionais e promover a interiorização de políticas públicas do governo federal e estadual", ressalta.
O programa Amazônica Conectada foi lançado em julho de 2015 pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, Defesa e Comunicações e tem a participação da RNP.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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