Notícias | Investimento em satélites próprios pode dar autonomia de comunicação e informação ao país

Investimento em satélites próprios pode dar autonomia de comunicação e informação ao país

15/01/2015

Há pouco mais de um ano os Estados Unidos desativaram o seu mais antigo satélite meteorológico. A decisão americana afetou diretamente diversos serviços brasileiros de previsão do tempo, como o Climatempo e Embrapa.

O satélite era usado na forma de “carona” pelos técnicos brasileiros para prever o tempo. Ele conferia maior precisão nas análises e fornecia dados regionais bem específicos.

O esforço para se colocar em órbita um satélite e a convergência necessária de tecnologia restringe a iniciativa a Governos ou grandes corporações interessadas em investimentos de longo prazo.

Recentemente, os investimentos nesse setor ocorreram no fornecimento de sinais para TV por assinatura e de internet via satélite. Esses investimentos foram frutos de ações de grupos como o Hughes/Sky ou da antiga Telemar/Oi (atualmente o satélite é da Hispamar).

Instituições importantes como o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - queixam-se da ausência de aporte de recursos de maneira sequencial e reposição de quadros de técnicos e cientistas.

Apesar disso, o INPE em dezembro pôde celebrar o sucesso da colocação em órbita do satélite CBERS-4, lançado em Taiwan, na China, em investimento sino-brasileiro.
Com este satélite o Brasil retomará sua capacidade de gerar dados próprios a respeito de clima e também sobre o desmatamento em seu território, ocupação em suas regiões e controle de sua bacia hídrica. A geração de dados próprios resulta no patrimônio de informações e conhecimentos únicos, feitos pelo país e para o país.