SINTPq se reúne com CPqD
início do mês o SINTPq se reuniu com a direção do CPqD para apresentar as preocupações dos trabalhadores. Assuntos como demissões, Sistel, pagamento dos reajustes, questões jurídicas e uso do auditório foram tratados. Veja detalhes de cada ponto no fim da matéria.
Na avaliação do SINTPq essa reunião foi importante e necessária e será alvo de discussões mais específicas sobre os temas abordados. Com a perspectiva de que mais um passo na melhoria das relações foi dado, agora é a hora de trabalharmos na efetivação de ações positivas para os trabalhadores que são, na sua essência, o CPqD.
O encontro é a continuidade da reunião realizada em outubro do ano passado e seu objetivo é construir uma agenda para debater ideias e rediscutir conceitos para ampliar o diálogo entre a direção do Centro e o Sindicato com a perspectiva de alcançar resultados positivos para o maior patrimônio da instituição, que são seus funcionários. O SINTPq trabalhará para a criação dessa agenda positiva e não deixará de cumprir seu papel de defender os trabalhadores e seus interesses apostando sempre no diálogo como melhor ferramenta.
Estiveram presentes representando o Sindicato o presidente Régis Carvalho e os diretores Austregésilo Gonçalves e Geraldo Antunes. Pelo CPqD a reunião contou com seu presidente, Hélio Graciosa, acompanhado de Gino Rossi e Vera Meloni.
Veja ponto a ponto dos assuntos levados ao CPqD:
Demissões: O SINTPq manifestou a preocupação sobre as demissões de 10% do quadro de funcionários. O Centro disse tratar-se de boato e complementou com a informação de que todo ano os comentários acontecem e que os desligamentos são muito menores que as contratações efetivadas dos últimos três anos.
Ainda assim, continua a preocupação em relação a alta rotatividade em um centro de pesquisa. Dos 840 funcionários atuantes na época da Telebrás, continuam ativos menos de 150, na contramão do que preconiza a LGT (Lei Geral das Telecomunicações). O quadro reduzido desses trabalhadores prejudica a preservação da capacidade tecnológica da instituição.
Sobre alteração na taxa atuarial da Sistel: O CPqD disse faz parte da conjuntura econômica nacional. O SINTPq entende que a Sistel deve se profissionalizar para conseguir melhores rendimentos no mercado para os ativos do plano, posição já divulgada em boletins anteriores, e não concorda com a mudança radical da taxa atuarial. Como protesto foi enviada à Previc manifestações com essa visão e está em estudo uma ação judicial. (veja matéria)
Pagamento dos retroativos referentes ao acordo de dissídio 2011/2012 (sobreaviso e auxílio creche): O CPqD informou que pagará o mais breve possível. O SINTPq espera que o fato ocorra ainda em março, pois não existe mais nenhum impedimento para o Centro efetuar o pagamento.
Aumento real: O SINTPq defende que deve haver a valorização de todos os trabalhadores com aplicação de um percentual igual de aumento. Durante os diálogos com o Centro, os argumentos dessa necessidade foram usados para convencer a direção. “Não somos contra outras iniciativas por mérito individual, mas a valorização coletiva vem em primeiro lugar”, explica Carvalho.
Entre os argumentos usados está o de que 80% das empresas de C&T deram aumentos reais coletivos. Mesmo o IPT, empresa pública do Estado de São Paulo submetida aos órgãos de controles do Governo – com dificuldade de negociação mais elevada - o fechamento de acordos coletivos contemplou o aumento real em anos seguidos, fator que está sendo apontado como decisivo para a recuperação do clima interno e motivação do seu quadro de trabalhadores.
Do IPT também veio a experiência de que a participação de representantes dos profissionais nos conselhos de administração resulta em transparência e traz melhorias para o diálogo interno na instituição - assunto apontado como carência pela pesquisa institucional de clima do CPqD. Mesmo submetido a legislação específica, das fundações privadas, o Centro poderá analisar a sugestão a luz dos avanços necessários das instituições que recebem verbas públicas aprimorando a transparência;
Questões jurídicas: O SINTPq e CPqD farão o levantamento dos processos existentes para discutir caso a caso as possibilidades de acordo;
Auditório do CPqD para assuntos de interesse dos trabalhadores: A participação da última assembleia realizada dentro do CPqD foi considerada positiva por ambos os lados e contamos que o auditório seja cedido mais vezes para atividades sindicais;
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