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Na reta final da eleição, SINTPq intensifica defesa da democracia e da ciência

O SINTPq tem dialogado com diferentes parlamentares e lideranças para defender a ciência, os direitos trabalhistas, o meio ambiente e a democracia

20/10/2022

Neste segundo turno das eleições, o SINTPq tem ampliado seus diálogos com diferentes parlamentares e lideranças para defender a ciência, os direitos trabalhistas, a preservação ambiental e a democracia. Com essas importantes questões em mente, no dia 14 de outubro, o sindicato realizou em sua sede uma atividade com autoridades e dirigentes sindicais. A pauta do SINTPq e dos demais sindicatos participantes para este processo eleitoral foi clara:

  • Defender a correção da tabela do imposto de renda, com isenção para salários de até R$ 5.000,00
  • Assegurar a revisão da reforma trabalhista e a ampliação das garantias sociais
  • Fazer da preservação ambiental novamente uma política de Estado
  • Reverter o quadro atual de sucessivos cortes e bloqueios nos orçamentos da ciência e da educação
  • Fortalecer as instituições democráticas e combater as tentativas de interferência no STF

O encontro teve a presença do deputado federal eleito, Carlos Zarattini (PT). Ele foi um dos candidatos que assinou a carta compromisso do SINTPq em defesa da ciência. Também estiveram presentes dirigentes dos sindicatos dos bancários, metalúrgicos, professores e da construção civil, além dos vereadores Cecílio Santos (PT) e Paolla Miguel (PT), de Campinas. A atividade debateu projeções para o segundo turno e para o próximo ciclo político nacional.

Em sua fala, Zarattini destacou os riscos que uma eventual vitória do candidato Jair Bolsonaro trariam para a legislação trabalhista, ao orçamento da pesquisa pública, à preservação ambiental e para a democracia. Segundo ele, o congresso formado no primeiro turno, formado por diversos deputados e senadores de extrema direita, daria plenos poderes a Bolsonaro. Isso permitiria que pautas abertamente defendidas pelo atual presidente fossem aprovadas, como desregulamentação ambiental, supressão de direitos trabalhistas e interferência no STF.

Deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) reunido com lideranças políticas e sindicais em visita à sede do SINTPq

Após a conversa com o deputado Zarattini, os dirigentes do SINTPq e de outras entidades sindicais assumiram o compromisso de denunciar os riscos envolvendo a candidatura de Bolsonaro. O presidente do SINTPq, José Paulo Porsani, lembrou como tem sido difícil a atuação na categoria nos últimos quatro anos.

“Negociar com empresas estatais nunca foi tão difícil. A postura do governo Bolsonaro é sempre a mesma: 0% de reajuste, corte de verbas e redução de direitos. Nas empresas privadas, os índices recordes de inflação atingidos desde 2021 têm dificultado muito as negociações coletivas. Sem contar a falta de correção na tabela do IRPF nos últimos quatro anos, que traz uma perda significativa ao salário líquido. Mais um mandato com este cenário significaria um grande retrocesso para nossa categoria”, projeta Porsani.

Preocupada com os frequentes cortes na ciência, com as ameaças ao STF e com o avanço dos crimes ambientais, a secretária geral do SINTPq, Priscila Leal, classifica o atual momento como decisivo: “Corremos o risco de ter uma suprema corte aparelhada por Bolsonaro. Isso lhe permitiria concluir seu desmonte da CLT e das instituições públicas de pesquisa. Junto a isso, o governo poderia “passar a boiada” na questão ambiental, como diz o ex-ministro bolsonarista Ricardo Salles. Esta é a hora de salvarmos o Brasil deste abismo.”