Notícias | Novo PAC: CNPEM receberá R$ 1 bi para construção do 1º laboratório de biossegurança com luz síncrotron do mundo

Novo PAC: CNPEM receberá R$ 1 bi para construção do 1º laboratório de biossegurança com luz síncrotron do mundo

O propósito desse laboratório de segurança biológica máxima será monitorar, isolar e estudar agentes biológicos visando desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos

17/08/2023

whatsapp_image_2023-08-17_at_10-34-20

Perspectiva artística do Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica que será construído no CNPEM, em Campinas (SP), como parte do novo PAC do governo federal — Foto: Reprodução/CNPEM

No dia 11 de agosto, o SINTPq celebrou o anúncio do Governo Federal sobre a construção de um laboratório de segurança biológica máxima (NB4) como parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Este laboratório será edificado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que integra a base de representação do sindicato e está localizado em Campinas (SP). Uma característica singular do projeto é que será a primeira vez que uma estrutura desse tipo estará conectada a uma fonte de luz síncrotron, especificamente ao acelerador de partículas Sirius.

O investimento estimado para esse empreendimento, com uma instalação laboratorial altamente segura, é de R$ 1 bilhão. Este complexo representa um grande avanço para o Brasil, permitindo a realização de pesquisas com patógenos de classes 3 e 4, que são capazes de causar doenças graves e altamente contagiosas. Atualmente, não há estruturas similares na América Latina.

Conexão com o Sirius

O propósito desse laboratório de segurança biológica máxima será monitorar, isolar e estudar agentes biológicos visando desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos. Adicionalmente, esse laboratório terá acesso exclusivo a três linhas de pesquisa do Sirius, um aspecto inexistente em qualquer outra parte do mundo.

A conexão com o Sirius é o motivo pelo qual o projeto foi nomeado de Orion, em homenagem à constelação que possui três estrelas apontando para a estrela que deu nome ao acelerador de partículas brasileiro.

O Sirius é considerado o projeto científico mais importante do Brasil. Trata-se de um laboratório de luz síncrotron de quarta geração, com capacidade para funcionar como um "raio X extremamente poderoso" para analisar uma variedade de materiais em níveis atômicos e moleculares.

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por SINTPq (@sintpq)

Estrutura

O projeto também inclui a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com patógenos infecciosos desse nível. O custo dessa formação já está incorporado ao investimento total de R$ 1 bilhão.

O complexo laboratorial abrangerá aproximadamente 20 mil metros quadrados e está programado para ser concluído até 2026. Após essa fase, o Orion passará pelo processo de comissionamento técnico e científico, além de obter certificações internacionais de segurança, a fim de tornar-se operacional de maneira regular.