A muralista Gislaine Martins, juntamente com o seu amigo, também artista e muralista, Guilherme de Paula, compareceram a sede do SINTPq para repaginar a entrada com sua arte. Foram três dias de trabalho, em um mural de 8 metros de altura, e 4 metros de largura. A idéia surgiu entre as diretoras do sindicato como forma de homenagiar as diversas trabalhadoras que atuam em pesquisa ciência e tecnologia e fazem parte da base do SINTPq. 

Com muita cor e criatividade, Gim utiliza elementos como computadores, microscopios, mascara de proteção e  rostos femininos para que seja representado um pouco da história de todas essas mulheres. 

"Elas me contaram um pouco com o que trabalham, e então eu trouxe esses elementos pra representar o trabalho de cada uma. Por exemplo, tem algumas mais voltadas pra parte computacional, outras já é mais para metalúrgica, outra trabalha mais com a ciência. Fui trazendo esses elementos pra que cada uma pudesse sentir representada e nesse mural" disse. 

 

 

 

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma publicação compartilhada por SINTPq (@sintpq)

Apesar de terem maior acesso ao ensino superior no Brasil em geral, de acordo com a Unesco, as mulheres formam apenas um terço de todos os pesquisadores no mundo e apenas 12% delas são membros de academias científicas nacionais. Na área de tecnologia e inovação, a presença de pesquisadoras é ainda menor, com apenas uma em cada cinco profissionais sendo mulher.

Refletir sobre os fatores que afetam o progresso das mulheres nas carreiras cientificas são importantes, para que ações sejam propostas a fim de combater a desigualdade de gênero nesse campo. Como por exemplo, dar mais visibilidade às conquistas das mulheres na ciência. A artista tem como essência transmitir essa luta.

"O mural é para resumir um pouco da história de cada mulher, que passam por uma luta diária, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Sobre as lutas internas e externas que uma mulher tem que viver" relata Gim. Algumas palavras espalhadas apontam esse detalhe, como " resiste", "luta", "1,2,3 jornadas" e " segue firme!". 

A homenagem vai mais longe do que apenas na expressão artística, pois simboliza um registro das conquistas e das batalhas essenciais para o progresso de uma sociedade que reconhece as mulheres como iguais. O SINTPq mantém seu apoio a essa causa e continuará trabalhando ativamente para promover essa transformação.