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SINTPq participa de marcha das mulheres pelo fim da violência de gênero em Campinas

Representados pelo presidente do sindicato, José Paulo Porsani, e a diretora Filó Santos, eles se uniram ao coro pelo fim da violência de gênero e pelo cessar-fogo na Palestina.

11/03/2024

 

O SINTPq participou da marcha das mulheres em Campinas, realizada na sexta-feira, Dia Interacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Representados pelo presidente do sindicato, José Paulo Porsani, e a diretora Filó Santos, eles se uniram ao coro pelo fim da violência de gênero e pelo cessar-fogo na Palestina.

A concentração começou no Largo da Catedral onde foram realizadas manifestações culturais e políticas representando diversos grupos de mulheres. Uma carta do povo palestina foi lida pedindo o cessar-fogo em Gaza, onde milhares de mulheres e crianças estão sendo assassinadas pelos ataques do Estado de Israel.

Um grupo de estudantes indígenas da Universidade Estadual da Unicamp (Unicamp) também apresentou uma música.

Nas palavras de ordem, o fim da violência, o fim do racismo contra mulheres negras, a igualdade nos espaços de trabalho e também a descriminalização de aborto foram citadas como medidas urgentes para fortalecer e garantir a vida das mulheres.

"Participar do 8 de março foi para um momento de extravasar. Porque não dá mais. Não dá mais para nos calarmos. Cansamos de ser assediadas, violentadas e silenciadas", afirmou a diretora do SINTPq Filó. 

"Cansamos de não poder dizer não, sem perder a vida. Queremos nosso direito de ir e vir para onde quisermos e como quisermos. Queremos melhores condições de trabalho e equiparidade salarial. Queremos que as políticas públicas para mulheres não sejam tratadas com tanto descaso pelo prefeito Dário Saadi. Queremos ser tratadas como seres humanos. Essa luta é importante não só para nós mulheres, mas para toda a sociedade. Quando quem está fora dessa luta vai perceber isso?", frisou. 

 

A advogada Jamile Latif, de 57 anos, é descendente de palestinos e chamou Israel de Estado genocida. No dia Internacional da Mulher, ela lembrou que mulheres palestinas estão sendo estupradas, mortas de fome e coladas nuas em celas.

“O massacre de Israel que dura há mais de 75 anos acabou com nossa economia, destruiu nossas casas, roubou nossas terras. Essa máquina de limpeza étnica de Israel não parou e o que aconteceu em 48 acontece hoje, em Gaza. Israel foi criado com a destruição do povo palestino. Nesses cinco meses de massacre já morreram 60 mil pessoas. Dessas, um terço são mulheres. E quando eu falo esses números, são dos que foram mortos a bala, e não dos que morreram de fome”, afirma.

Ela denuncia que há 60 mil mulheres grávidas na Palestina, dando à luz com “suspiros de fome”. As crianças, segundo ela, estão nascendo em tendas que não protegem do frio de Gaza, além das cirurgias que precisam ser feitas sem anestesia já que, de acordo com ela, o Estado de Israel não permite mais a entrada do insumo.

“Estamos aqui para lembrar que as pessoas que são humanas devem se levantar contra o povo de Israel”, frisou.

A marcha seguiu até em frente à prefeitura de Campinas, onde um varal com camisetas manchadas de vermelho e papeis com nomes de mulheres vítimas de feminicídio foi colocado.

Os participantes do ato fizeram um minuto de silêncio pela vida perdida dessas mulheres.