SINTPq participa da inauguração de Núcleo de Evolução Tecnológica do CPQD
O evento aconteceu nas dependências do Centro, em Campinas, e contou com a participação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho
Na última segunda-feira, dia 2, o presidente do SINTPq, José Paulo Porsani, prestigiou a cerimônia de inauguração do Núcleo de Evolução Tecnológica do CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações). O evento aconteceu nas dependências do Centro, em Campinas, e contou com a participação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Em conversa com o ministro, Porsani abordou a necessidade de mais investimentos e cobrou que o conselho curador do CPQD passe a contar com representantes dos trabalhadores.
O novo núcleo visa atender à demanda crescente por projetos envolvendo comunicações ópticas e sem fio e soluções de energia, especialmente energias renováveis. Na área de conectividade, um dos destaques é a implantação de uma rede privativa 5G Open RAN. A infraestrutura será usada como base em diversos projetos desenvolvidos pela organização, como o da Plataforma 5G BR, que conta com o apoio do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações).
Segundo o ministro Juscelino Filho, o Funttel tem um papel fundamental no trabalho desenvolvido pelo CPQD. "Fico satisfeito em ver que os investimentos dos recursos do Fundo no CPQD retornam para a sociedade em forma de inovação e de desenvolvimento tecnológico para o nosso país. Os laboratórios inaugurados hoje serão fundamentais para pesquisa e desenvolvimento em áreas de extrema relevância para o nosso país", disse.
O ministro explicou que, desde a criação do Fundo, foram repassados mais de R$ 1 bilhão ao Centro de Pesquisa, sendo mais de R$ 10 milhões somente em 2023. Esses dados podem sinalizar um cenário ideal no financiamento do setor, mas o presidente do SINTPq faz um contraponto destacando que mais investimentos são necessários.
"Apesar da fala do ministro, sabemos que os recursos do Funttel são insuficientes para que o CPQD cumpra com seu papel preconizado na lei. O CPQD poderia ter um papel ainda mais relevante para a sociedade brasileira se não tivesse que ficar procurando clientes na iniciativa privada para se manter. Sem contar que as empresas que recebem recursos da Lei de Informática investem quase nada no CPQD, priorizando seus próprios centros de pesquisa para benefício próprio", analisa José Paulo Porsani.
"Está na hora do CPQD ser visto pelo governo como um parceiro estratégico no desenvolvimento de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) para o nosso país", conclui o presidente do SINTPq.
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