Amazul segue buscando retirar benefícios; Assembleias serão convocadas nos próximos dias
Mais uma vez, a Amazul divulgou uma contraproposta que desrespeita seus profissionais e visa precarizar as condições de trabalho. Conforme informado no último comunicado da empresa, as condições seguem as mesmas. As únicas mudanças foram a prorrogação das cláusulas econômicas (VR, VA, Auxílio Creche e complementação por afastamento) até 15/02 e o reajuste salarial oferecido, equivalente 1/3 do INPC, segundo a empresa. Os demais benefícios seguiriam sem qualquer correção.
Como se defasar as remunerações dos seus funcionários não fosse suficiente, a empresa segue tentando retirar os seguintes benefícios: complementação salarial por afastamento, um dia de folga em caso de falecimento dos sogros, possibilidade de compensação de um dia por mês para os trabalhadores resolverem assuntos de seu interesse, cota negocial dos funcionários em favor do SINTPq e pagamento de horas extras para os turnistas quando não usufruírem dos intervalos para refeição e descanso (substituindo as horas por indenização financeira sem impacto nas férias, 13º e FGTS).
Vamos à luta: Assembleias avaliarão estado de greve
O SINTPq está aguardando resposta da empresa para agendamento de novas assembleias em São Paulo e Iperó, nos respectivos auditórios. Os encontros deliberarão pela aceitação da contraproposta ou pela aprovação de estado de greve, visando pressionar a Amazul por melhorias nas condições oferecidas.
Ontem, a direção da empresa deixou claro que sua intenção é pressionar os trabalhadores com as ameaças de cortes nos benefícios para que aprovem uma contraproposta vexatória. Mesmo após seis horas de reunião e intensa argumentação do sindicato, os representantes da Amazul seguiram irredutíveis. O desrespeito à negociação chegou ao ponto de a empresa divulgar sua contraproposta antes mesmo da reunião com o SINTPq, mostrando que a “negociação” seria com cartas marcadas.
Os profissionais da Amazul já perderam o transporte fretado em Aramar, sofreram aumentos abusivos no PAMSE, ameaças de corte na periculosidade, tentativas de não recomposição da inflação e, agora, enfrentam nova tentativa de corte nos benefícios previstos no Acordo Coletivo de Trabalho. Até quando os trabalhadores e trabalhadoras terão que aguentar o desrespeito e a hipocrisia da empresa, que pratica todos esses ataques enquanto afirma que os funcionários são sua prioridade?
Considerando a atual postura da Amazul após seis reuniões negociais, fica evidente que a mobilização coletiva é a única forma de alcançar avanços na campanha salarial. Portanto, o sindicato defenderá a instauração de estado de greve. Converse com seus colegas sobre a situação e a importância das próximas assembleias. Com a participação de todos, será possível vencer os ataques da empresa e do Governo Federal.
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