Atos antidemocráticas causam cancelamento de assembleia e prejudicam trabalhadores
Sem aceitar a derrota nas urnas, grupo golpista atenta contra o direito de ir e vir da população
Devido aos riscos de bloqueios nas rodovias, causados por manifestações antidemocráticas de alguns caminhoneiros que não aceitam o resultado das eleições, o SINTPq precisou cancelar uma assembleia prevista para terça-feira, dia 01/11, em uma empresa de Indaiatuba. Após diálogo com a empresa, a assembleia foi remarcada para a próxima semana. Mesmo assim, os trabalhadores saem prejudicados, pois levarão mais tempo para definir os rumos da campanha salarial.
Além de questões como cancelamentos de assembleias e atividades cotidianas importantes, trabalhadores e trabalhadoras do país todo estão sendo penalizados de diferentes formas com os bloqueios autoritários de alguns caminhoneiros. Afinal, o direito de ir e vir está comprometido até que essa situação seja solucionada.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL-CUT) contesta a afirmação de alguns manifestantes de que o movimento partiu de caminhoneiros e aponta que pode ter havido a participação de grupos que defendem intervenção militar, incitando eleitores mais exaltados a promoverem tais atos. É “falsa alegação de que a manifestação é dos caminhoneiros”, diz a entidade.
“Os caminhoneiros autônomos e celetistas são vítimas desses bloqueios, uma vez, que esses grupos contrataram fretes de caminhões caçambas com pedras e terras para dificultar a passagem nas rodovias, fato que se configura crime”, diz trecho da nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo João Eustasia.
Em nota à imprensa, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais afirmam que o silêncio de Jair Bolsonaro (PL) sobre o resultado das eleições durante mais de 48 horas “estimulou” o movimento de caminhoneiros clandestinos.
“A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras”, dizem as entidades. ”A Polícia Rodoviária Federal é um patrimônio da sociedade e seguirá firme na defesa da democracia, do respeito às leis e às decisões judiciais.”
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