Notícias | CNPEM mostra intransigência e não procura solução para campanha salarial

CNPEM mostra intransigência e não procura solução para campanha salarial

08/09/2016

Em seu último comunicado, a direção do CNPEM, infelizmente, demonstra que aposta no impasse e não está preocupada em encontrar soluções para a campanha salarial, recusando-se, inclusive, a uma nova rodada de negociações com o SINTPq.

Em um momento de dificuldade e desafios gigantescos para todos, a sinalização da direção não poderia ser pior, pois aposta na redução salarial e na perda monetária dos benefícios como saída para seus problemas, ao invés do diálogo.

O Sindicato informou em seu último boletim que, por orientação de seu jurídico, não assinará um ACT que prejudique ex-funcionários. A última proposta do CNPEM faz exatamente isso, tirando a possibilidade de ex-funcionários recuperarem parte da inflação perdida entre agosto de 2013 a julho de 2014. O SINTPq não aceitará essa imposição da direção do Centro.

A empresa tem proposto o pagamento dos 3,33% da campanha salarial 2014/2015 para serem pagos em janeiro de 2017 sem nenhum tipo de retroatividade, condicionado ainda à retirada do processo de dissídio.

Ao fazer essa proposta o Centro mostra que tem condições de garantir no mínimo a reposição inflacionária da atual campanha salarial, e poderia muito bem garantir os 1,74% restantes para a recomposição inflacionária deste ano com custo, aproximadamente, de R$ 70 mil ao mês na folha líquida. Além do impacto financeiro atual, os trabalhadores do Centro perdem também para o futuro: no FGTS, na previdência e, consequentemente, em suas aposentadorias.

O prejuízo sofrido pelos trabalhadores poderia ser amenizado se o CNPEM, por liberalidade, implementasse de imediato o reajuste de 7% que está propondo, percentual esse que foi recusado pelos funcionários em assembleia, enquanto as negociações seguissem.

A insensibilidade da empresa para com seus profissionais também é evidenciada por sua recusa em oferecer qualquer reajuste nos benefícios econômicos. A recomposição da cesta básica pelo IPCA do período, por exemplo, resultaria em um custo adicional próximo aos R$ 25 mil ao mês. Entretanto, o CNPEM segue intransigente em negociar qualquer reajuste.

Lembrando que há atualmente 3% dos nossos salários embutidos no vale-alimentação e, sem o reajuste da inflação nos benefícios, as perdas salariais são ainda maiores.

O SINTPq já solicitou um espaço nas dependências da empresa para dialogar com os trabalhadores associados ao sindicato e buscar um melhor encaminhamento sobre a situação atual.