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CPqD: Assembleia encerra campanha salarial e dissídio coletivo

20/12/2016

Após três meses de negociações, assembleias e paralisações, a campanha salarial 2016/17 teve fim com a aprovação da contraproposta da empresa em assembleia nesta terça-feira, dia 20. A decisão foi deliberada por 445 votos favoráveis à proposta, 278 contrários e três abstenções.

Além do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) deste ano, o resultado da votação também pôs fim ao dissídio coletivo referente à campanha salarial anterior, uma vez que a aprovação da contraproposta da empresa estava condicionada à retirada do mesmo.

Ao longo da assembleia, o SINTPq relatou os últimos acontecimentos das reuniões negociais e da audiência de julgamento do processo de dissídio, que não chegou a ocorrer. Em seguida, a direção do Sindicato reiterou sua posição contrária à aprovação da contraproposta do CPqD e reforçou os prejuízos imediatos e futuros que a aceitação da mesma causaria aos funcionários.

Com a aprovação da contraproposta, o Sindicato encaminhará a assinatura do ACT e a retirada da ação de dissídio coletivo.

Expectativas para o futuro

O desfecho desta campanha salarial representou para o SINTPq a assinatura do pior Acordo Coletivo de sua história. As perdas acumuladas e futuras configuram prejuízos expressivos e irreparáveis, conforme evidenciado nos cálculos apresentados pelo Sindicato nas assembleias anteriores e em seu último comunicado.

Diante de tamanhos danos, torna-se claro que ambos os lados perderam com o resultado desta campanha salarial. Os trabalhadores e suas finanças sofrerão com a defasagem salarial, enquanto que a empresa perderá competitividade no mercado de trabalho e terá um maior nível de insatisfação em seu ambiente interno.

O SINTPq chega ao fim desse processo ciente de que desempenhou todos os esforços possíveis para a obtenção de melhores resultados. Além disso, o Sindicato espera que as experiências vividas nesta negociação sejam um combustível gerador de mudanças para a campanha salarial do próximo ano, conforme manifestado pelo diretor sindical José Paulo Porsani ao término da assembleia.

“Da mesma forma que neste ano assinamos nosso pior acordo, espero que em 2017 assinemos o melhor de nossa história. Para isso, precisaremos nos unir, superar nossas diferenças e aprofundar os debates sobre a situação e as alternativas para o CPqD. Somente os funcionários e seu trabalho diário poderão garantir o futuro da instituição”, declarou Porsani.