CPqD não altera proposta e SINTPq entra com Dissídio Coletivo
Na tarde de ontem, dia 15, SINTPq e CPqD realizaram outra rodada de negociações para a Campanha Salarial 2016/2017. A reunião foi mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e mais uma vez não contou com nenhum avanço por parte da direção do Centro. Com essa condição, o SINTPq encaminhará a entrada no processo de Dissídio Coletivo, conforme deliberado em assembleia no dia 26 de janeiro.
Os representantes do CPqD apresentaram exatamente a mesma contraproposta, já recusada em assembleia pelos trabalhadores. Diante de uma situação tão danosa para os profissionais do Centro, seria digno por parte da empresa concordar em submeter a questão do reajuste salarial ao Dissídio Coletivo e adiantar as correções nos benefícios oferecidas na sua atual proposta, para assim reduzir os prejuízos sofridos pelos funcionários. Tal alternativa foi apresentada pelo sindicato, mas a direção do Centro, por sua vez, recusou de imediato essa possibilidade.
A recusa da direção do Centro em adiantar os reajustes nos benefícios representa uma total falta de sensibilidade por parte da empresa para com os funcionários e suas famílias, uma vez que os salários estão sem reajuste desde novembro de 2014 em meio a uma inflação que supera os 13% nesse período.
O CPqD novamente opta por transferir aos trabalhadores o ônus de seus erros administrativos. Fica claro que a atual gestão não reconhece que seu principal patrimônio são os trabalhadores e seu conhecimento.
Como justificativa para a situação do CPqD, seus dirigentes alegam ter recebido uma instituição financeiramente quebrada. Entretanto, o próprio mandatário da atual direção foi um dos responsáveis pelas finanças do Centro durante a gestão anterior.
A continuidade da atual diretoria significaria uma grande ameaça para a sobrevivência da instituição, uma vez que em sua primeira Campanha Salarial ela já demostra a forma como encara e pretende negociar as próximas campanhas salariais. Aos trabalhadores fica a questão: considerando as prioridades da direção, o que podemos esperar para o futuro da instituição e para os seus profissionais?
Em meio a esse momento de dificuldade, o sindicato espera que o Conselho Curador adote uma postura em defesa da instituição e dos seus profissionais.
Com trabalhadores desvalorizados e desmotivados o CPqD jamais sairá de sua atual “crise”, pois são eles os responsáveis por todo o conhecimento e produção tecnológica do Centro. A empresa deveria ter como objetivo garantir sempre o respeito aos seus funcionários para superar suas dificuldades.
O sindicato não teve outra opção além do Dissídio Coletivo. Esperamos que a Justiça do Trabalho repare esse erro histórico da direção do CPqD. Uma nova assembleia poderá ocorrer em breve para informar e discutir os desdobramentos da ação.
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