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CPqD: Reajuste abusivo no plano de saúde revolta trabalhadores

06/03/2017

Em comunicado recente aos funcionários, a direção do CPqD anunciou o reajuste de 25,34% no valor do plano de saúde pago pelos trabalhadores. O comunicado gerou surpresa e indignação a todos, uma vez que tal percentual representa ¼ da participação paga atualmente e um acréscimo muito acima da inflação e do pífio reajuste salarial concedido na última campanha salarial.

Como se tamanho dolo aos funcionários não fosse suficiente, a direção do CPqD ainda tenta passar a impressão que o reajuste representa um cenário positivo, já que os percentuais inicialmente exigidos pela Unimed seriam muito maiores. Tal conduta desrespeita a inteligência dos trabalhadores e permite questionamentos sobre a postura adotada pela empresa nas negociações. Os diretores do Centro agiram como leões durante a negociação da última campanha salarial, mas aparentam ter agido como gatinhos diante da Unimed.

O argumento da sinistralidade, utilizado pela operadora do plano e pelo CPqD, é questionável, pois o Centro não possui meios para acompanhar os sinistros e seus dados de utilização partem apenas da Unimed. Dessa forma, não há possibilidade de questionamentos ou revisões, o que seria extremamente útil nas negociações.

A cada ano, a participação dos trabalhadores no plano tem crescido acima da inflação e dessa vez o prejuízo causado aos profissionais da instituição foi longe demais. Perante essa situação, o SINTPq está estudando as possibilidades de questionar judicialmente o reajuste.

Restrição na modalidade de acomodação gera reclamações
O Sindicato recebeu inúmeras reclamações dos funcionários sobre a impossibilidade de alterações futuras na modalidade de acomodação e seu curto prazo para decisão definitiva. Não há motivos claros para tal restrição e o período aberto para escolha da modalidade é insuficiente para que os trabalhadores decidam de forma adequada.

Diante das dificuldades impostas aos funcionários, o mínimo que a direção do CPqD poderia fazer é prorrogar o prazo de escolha em um mês e prestar maiores esclarecimentos aos seus profissionais sobre as mudanças e seus motivos. O SINTPq espera que a empresa aceite essa sugestão e garanta mais transparência e respeito aos trabalhadores neste processo.