IPT: Pela nossa dignidade
Diferente das campanhas salariais dos últimos anos, o descaso com que os trabalhadores do IPT foram tratados pelo Governo do Estado de São Paulo levou nossa Campanha salarial 2015 a um desfecho inédito. Neste ano foi necessária a intervenção do Desembargador do TRT-SP, Wilson Nogueira, para que os empregados do IPT tomassem uma das decisões mais importantes dos últimos tempos, encerrando assim um movimento há muitos anos não visto.
Com o propósito de não aumentar o custo financeiro, a inédita proposta do desembargador para o IPT de conceder 5 dias de descanso remunerado - não fracionáveis e sempre começando numa segunda feira - representa na prática 9 dias de descanso ao empregado.
O desembargador propôs também na conciliação a Estabilidade no Emprego de 90 dias com possibilidade da empresa demitir até 50 empregados que, preferencialmente, manifestem interesse em serem demitidos, além do não desconto e não compensação dos dias parados.
GREVE GANHA ADESÃO E PARALISA ATIVIDADES DO INSTITUTO
Com forte mobilização e adesão crescente, as atividades do IPT foram sendo inviabilizadas até a quase completa paralização. Os setores que ainda mantinham alguma frente de trabalho por imposição de chefias tiveram suas atividades reduzidas significativamente. A força do movimento foi a maior demonstração que os trabalhadores estão decididos e coesos.
NO RETORNO AO TRABALHO, CLIMA FOI DE RESGATE E VALORIZAÇÃO
Mesmo não conseguindo o aumento real reivindicado, que se traduzia no mesmo tratamento dispensado pelo GESP as empresas da data-base de maio, os trabalhadores elencaram pontos que foram discutidos em assembleia e apresentados pelas entidades representativas (CRE e SINTPq) ao CA e a direção do IPT como vitais para a perenização do quadro de funcionários e melhoria do clima interno: Previdência Privada, Plano de Participação nos Resultados e um Plano de Carreira e Salários com aplicação efetiva em transparência de critérios e resultados.
OS NÚMEROS DO NOSSO MOVIMENTO!
Mantendo a conduta do SINTPq de transparência nas suas contas, apresentamos alguns números da nossa greve. Aos interessados, temos a planilha completa para consulta e verificação.
Nos seis dias de paralização consumimos mais de 1500 pães, 45 kg de frios, 106 kg de carnes, 120 litros de refrigerantes, 2500 descartáveis, 10 kg de café, 10 kg de açúcar, 30 kg de carvão, 8 barras de gelo, 800 cópias de boletim impresso, 600 apitos, 4 faixas, dentre outros custos.
O SINTPq organiza e mantém suas atividades com recursos de todos seus associados e, principalmente, com o que mais nos valoriza, as pessoas que são voluntárias e dão suporte a todas ações por nós promovidas.
Fica o convite para que venham conhecer melhor o SINTPq e tudo o que temos para oferecer.
A força de um Sindicato é diretamente proporcional ao número de filiados que ele tem, junte-se a nós, SINDICALIZE-SE.
FIPT: COM A NOVA DIRETORIA, CHEGA A HORA DE DEFINIÇÕES
O Sindicato recebeu em 29 de julho de 2015 a resposta da pauta de reinvindicações dos trabalhadores da FIPT que, na sua essência, retira direitos conquistados pelo sindicato anterior.
Imediatamente o SINTPq analisou as cláusulas negadas e protocolou ofício demonstrando essas inconsistências e solicitando uma reanálise, com uma resposta que atendesse aos direitos conquistados nos acordos anteriores e as reivindicações dos trabalhadores.
Dois fatos desde então nos chamaram a atenção negativamente: o primeiro foi a alegação de que o mandato da diretoria da FIPT estava por expirar e com a posse na nova direção o entendimento do acordo coletivo deste ano voltaria à discussão; o segundo foi a manifestação da FIPT em não aceitar proceder o desconto em folha das mensalidades dos trabalhadores que fizeram a opção pela associação ao SINTPq.
Esperamos que esses dois fatos não signifiquem um retrocesso na expressão da liberdade sindical.
A espera pela escolha e posse da nova diretoria da FIPT chegou ao fim durante a greve do IPT, quando uma nova composição de diretoria foi escolhida e assumiu a gestão da instituição.
A pedido do SINTPq, os empregados da Fundação receberam em março de 2015 a antecipação salarial de 7,7% (índice usado na Convenção Coletiva do antigo Sindicato que os representava) e, como combinado com a Direção anterior da FIPT, em junho, assinaríamos o primeiro ACT – Acordo Coletivo de Trabalho contemplando todos os benefícios praticados.
Os trabalhadores da FIPT aguardam ansiosos por uma definição de sua Campanha Salarial.
Com a palavra, a nova Diretoria da FIPT.
Regis Norberto e Geraldo Antunes, Presidente e Diretor do SINTPq
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