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SINTPq apoia luta contra cortes na educação e privatizações em SP

A diretora do SINTPq e pesquisadora do IPT, Priscila Leal, participou do ato realizado em frente à Assembleia Legislativa de SP

30/11/2023

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Terça-feira (28), o SINTPq participou do dia de greve unificada dos trabalhadores e das trabalhadoras do Metrô, Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp. Os professores estaduais também participaram das manifestações, que tiveram como pauta o combate aos projetos de privatização e a tentativa do governo Tarcísio de Freitas de cortar R$ 10 bi do orçamento da educação. 
 
A diretora do SINTPq e pesquisadora do IPT, Priscila Leal, participou do ato realizado em frente à Assembleia Legislativa de SP, na capital paulista, juntamente com outras categorias afetadas pelas políticas de sucateamento do governador Tarcísio.
 
"A privatização de serviços públicos, como saneamento e transporte sobre trilhos, tem sido revertida em diversos países, como Reino Unido e França, justamente por ter causado grande piora no atendimento. Além desse projeto arcaico de privatização, Tarcísio vem retirando recursos da educação e ciência, o que afeta nossa categoria diretamente", alerta Priscila Leal enquanto destaca a importância da participação nas mobilizações.
 
Movimento vitorioso
 
Embora haja muita luta pela frente diante da intransigência do governador e das ações na Justiça contrárias ao direito de greve, a conscientização da população e dos próprios trabalhadores das empresas públicas sobre como as privatizações prejudicam a vida de todos pode ser considerada uma vitória, segundo os sindicalistas.
 
Marcos Freire - ex-diretor do sindicato dos Metroviários de São Paulo e que hoje faz parte do Grupo Integração, oposição metroviária CUTista - diz que a greve foi um canal de denúncia dos desmandos do governo paulista, abrindo inclusive a “caixa preta” do dinheiro arrecadado com o Bilhete Único, em favor das empresas privadas.
 
O sindicalista se refere à reportagem do Portal UOL, que denunciou que as linhas privadas ganham 400% a mais, mas transportam menos que Metrô e CPTM. Somente as empresas privadas ViaMobilidade, (empresa do grupo CCR, operadora das linhas de trem 8-Diamante e 9-Esmeralda e a linha do metrô 5) e a ViaQuatro (operadora da linha 4 – Amarela) receberam juntas R$ 2 bilhões de repasses em 2022. Isso para transportar cerca de 500 milhões de passageiros. Já Metrô e CPTM carregaram mais que o dobro (1,23 bilhão de passageiros transportados), mas ficaram só com R$ 460 milhões no mesmo período.