Trabalhadores do IPT continuam em greve pelo quarto dia
Em greve desde terça-feira, dia 8, os trabalhadores do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) completam hoje o quarto dia de paralisação. Mobilizados e de forma organizada, mais de 500 funcionários participaram dos piquetes e assembleias nos portões do Instituto. Na última quarta-feira, dia 9, o SINTPq deu entrada no dissídio coletivo da campanha salarial 2015/2016.
Hoje os trabalhadores deliberaram em assembleia, por meio de votação, pela recusa da proposta da empresa de reajuste salarial de 7,6% e pela continuidade da greve. Uma audiência de conciliação ocorrerá na próxima terça-feira, às 15h30, no Tribunal Regional do Trabalho e buscará um acordo antes que uma decisão judicial se faça necessária. No dia da audiência, os trabalhadores acompanharão no TRT, a negociação e seus resultados.
Os empregados reivindicam um reajuste dos salários pelo índice inflacionário (IPC-FIPE 7,61%), mais 5% de aumento real. Ou, no mínimo, o mesmo tratamento dado a outras empresas também dependentes do tesouro do Estado de São Paulo, como CETESB, METRO, CPTM e SABESP, que neste ano tiveram os salários reajustados pela inflação, mais 1% de aumento real.
O IPT alega que a instituição passa por dificuldades financeiras e que o reajuste inflacionário só pode ser aplicado após autorização do Governo Estadual, podendo demorar entre 20 e 30 dias. Em contrapartida, o presidente do SINTPq (Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia), Regis Norberto, ressalta que o IPT teve 15 dias antes do início da greve para negociar a antecipação da inflação e que, ao longo dos últimos cinco anos, os balanços financeiros da empresa foram superavitários graças ao trabalho dos funcionários.
“Ao longo dos últimos cinco anos, os balanços do IPT têm sido superavitários. Portanto, se o IPT hoje tem dinheiro em caixa, isso é fruto do nosso trabalho, da nossa capacidade de gerar recursos. Não há motivo para não gastar esse fundo de reserva que o IPT tem constituído ao longo dos últimos quatro ou cinco anos, pois, nós faturamos isso”, declarou Régis Norberto.
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